Dr José Ronaldo

Artigos

Campanha Movimento Apenas 2%: combate ao sedentarismo e investimento em saúde e massa muscular

As recomendações de exercícios físicos para a saúde e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis incluem exercícios aeróbicos, de força, alongamentos e neuromusculares. Essas recomendações são adequadas para todas as pessoas, incluindo aquelas em tratamento de câncer e pré-habilitação cirúrgica. As recomendações atuais incluem 150 minutos por semana de exercícios cardiorrespiratórios de intensidade moderada (“aeróbico”), associados a treinamentos resistidos (força), flexibilidade e equilíbrio, 2-3 vezes por semana, em sessões de 20-30 minutos de duração. Porém, algumas das dificuldades para convencer as pessoas a aderirem a estas recomendações é o argumento de falta de tempo para atividade ou exercício físico. Será que as organizações médicas demandam muito tempo, para que a população mundial invista em saúde e em massa muscular? Um dia tem 24 horas, cada hora tem 60 minutos, logo um dia tem 1440 minutos. Uma semana tem 7 dias. Portanto, o número de minutos por semana pode ser calculado multiplicando-se 1440 por 7, totalizando 10.080 minutos por semana. O que é recomendado de treinamento físico para a saúde? APENAS 2%.

Comorbidades Cardíacas e suas Consequências na Infecção por COVID-19: Uma Revisão Integrativa

Em dezembro de 2019, foi relatado pela primeira vez casos de síndrome respiratória aguda grave (SARS) em Wuhan na China, sendo denominado SARS-CoV-2. Desse modo, com a progressão e alastramento da doença, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou pandemia global (Li et al., 2020) (Organização mundial da saúde, 2020- WHO announces COVID-19 outbreak a pandemic. 2020). Diante desse contexto, foi possível identificar através da análise dos estudos já publicados que o vírus pode afetar o sistema cardiovascular com manifestações diversas como lesão miocárdica, IC, síndrome de Takotsubo (ST), arritmias, miocardite e choque (Shi et al., 2020) (Driggin et al., 2020) (Hu et al., 2021). Destarte, esse artigo teve como objetivo realizar uma correlação entre a infecção por SARS-CoV-2 e as complicações em pacientes com cardiopatias prévias, por meio da análise de artigos advindos dos bancos de dados utilizados para a realização desta revisão integrativa, dentre as quais PubMed, BVS, Scielo, ScienceDirect e Lilacs, foram selecionados 22 artigos publicados entre 2015 a 2020. Assim, de acordo com a realização do estudo, foi evidenciado que as doenças cardíacas prévias podem agravar o quadro de pacientes infectados pela COVID-19, piorando o prognóstico e aumentando a mortalidade, sendo necessário realizar uma avaliação das comorbidades dos pacientes para determinar o manejo adequado para cada caso.

Evolução Cardiovascular em Pacientes com COVID-19 Previamente Saudáveis ou Cardiopatas

A doença COVID-19 causada pelo SARS-CoV-2 surgiu em 2019 e se estabeleceu como pandemia em 2020. O SARS-CoV-2 infecta principalmente os pulmões, mas o vírus também tem a capacidade de causar danos cardiovasculares. O objeto desta revisão é compartilhar evidências que comprovem os danos cardiovasculares gerados pela COVID-19 em pacientes saudáveis ou com doença cardiovascular pré-existente e contribuir positivamente com a literatura. Este trabalho é um estudo de revisão bibliográfica do tipo narrativo e o material foi coletado com ênfase no comprometimento cardiovascular. Os resultados relacionaram dano cardiovascular ou óbito à infecção por COVID-19, bem como mostrou a terapia medicamentosa como fator agravante no processo de lesão. A alteração do segmento ST e a diminuição do fator de ejeção do ventrículo esquerdo foram as sequelas mais presentes em pacientes sobreviventes, além de outras complicações. Considera-se que os cuidados que diminuem a chance de infecção devem ser seguidos.

Síndrome Coronariana Aguda na Emergência

A síndrome coronariana aguda (SCA) é a principal causa de morbidade e mortalidade no Brasil e compreende um espectro de doenças que inclui a angina instável (AI), o infarto agudo do miocárdio (IAM) e a morte súbita cardíaca (MSC), causas comuns de atendimentos e admissões nos serviços de emergência. A principal manifestação da SCA é a dor torácica, que pode estar associada a outras condições, como dispneia, hipotensão e síncope. O diagnóstico rápido da SCA pode prevenir a evolução do quadro para desfechos desfavoráveis. Assim, essa revisão objetivou elucidar a fisiopatologia, o diagnóstico e o tratamento da SCA. O principal mecanismo fisiopatológico na SCA é o acúmulo de colesterol oxidado nas camadas dos vasos, que pode evoluir para um processo trombótico e, dessa forma, ocluir a luz dos vasos sanguíneos, gerando um quadro de isquemia e infarto. O diagnóstico deve ser rápido e baseado, a princípio, na manifestação da dor torácica, em alterações eletrocardiográficas e de biomarcadores de isquemia cardíaca. O tratamento varia conforme a manifestação da SCA e envolve terapias antiagregantes, anticoagulantes, antianginosos e de proteção cardiovascular, como o uso de estatinas, heparinas, nitroglicerina e betabloqueadores, respectivamente. Também é necessário um acompanhamento após um evento de SCA. Discussão: A SCA se mostra relevante em termos de saúde pública por apresentar um elevado número de casos e altas taxas de mortalidade e morbidades. O diagnóstico rápido é essencial para evitar a progressão de complicações. Para tanto, faz necessário que os profissionais da área da saúde estejam preparados para lidar com essa situação e que possuam os recursos necessários para realizar um atendimento adequado.

A Relevância da Inteligência Artificial no Cenário da Cardiologia

A partir do advento tecnológico e todas suas possibilidades de melhoria no atendimento e cuidado aos pacientes, realizou-se a expansão do cenário biomédico. Entretanto, os profissionais da saúde ainda não se encontravam plenos a efetuação das novas tecnologias no trabalho. Desse modo, surgindo como um suporte aos médicos e mantendo o cuidado aos pacientes proporcionado pelas novas tecnologias, a IA precipita-se de forma a unir conceitos matemáticos e computacionais para produzir algoritmos que auxiliem e ampliem a capacidade humana. Assim, o objetivo foi elucidar a importância da IA no contexto cardiológico. Para a coleta dos dados foram selecionados artigos científicos que respondessem a pergunta norteadora. A IA adentra na área da saúde não só para a detecção e encaminhamento de patologias, mas apresenta-se ao paciente como uma forma de acompanhar sua saúde, possibilitando ao mesmo o monitoramento de seu corpo. Entretanto, a IA sofre com ainda com alguns problemas de execução, fazendo-a ainda um mecanismo com muitas opiniões divergentes. Dessa forma, no contexto médico e na temática desta revisão, a IA e sua implantação, intervêm como a melhor alternativa para um alto nível de evidências, maior assertividade nos diagnósticos e melhor tratamento aos pacientes. Assim, conclui-se que IA emerge como um auxílio ao profissional e não como uma substituição deste, sendo um detentor da autonomia na relação médico-paciente.

Aplicativo Orienta COVID-19

Objetivo: Desenvolver um aplicativo para orientar os profissionais de saúde durante o atendimento domiciliar, no enfrentamento da pandemia da COVID-19. Método: A estrutura do aplicativo foi desenvolvida em quatro etapas: Análise foi realizada uma revisão integrativa da literatura junto às bases de dados das Ciências da Saúde, como: MEDLINE, SciELO e LILACS. Design – esta etapa envolveu o planejamento e a produção do conteúdo didático, a definição dos tópicos e a redação dos assuntos, a seleção das mídias e o desenho da interface (layout). Desenvolvimento – definição da estrutura de navegação e o planejamento da configuração de ambientes. Implementação – construção de um ambiente para download da aplicação na Internet. Resultados: O aplicativo ORIENTA COVID-19 tem 40 telas e 130 imagens descrevendo a paramentação, desparamentação dos EPIs incluindo a técnica do uso da máscara caseira, orientações dos cuidados para prevenir a COVID-19 e a etiqueta social. Após seu registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, estará disponível no Google Play Store sob o nome ORIENTA COVID-19. Conclusão: Após revisão integrativa da literatura obtida nas principais bases de dados, desenvolveu-se o aplicativo ORIENTA COVID-19, para apoio aos profissionais da saúde durante o atendimento domiciliar relacionado à COVID-19.

Aplicativo Móvel para a Educação de Pacientes sobre o Tratamento Cirúrgico do Câncer de Mama

O câncer de mama é um relevante problema de saúde pública com alta incidência, morbidade e mortalidade. Os pacientes experimentam uma sensação de futuro incerto, baixa autoestima, medo da morte e mutilação. Nessa situação, a absorção racional de informações fica comprometida e a tecnologia pode ajudar. Objetivo: Desenvolver e validar um aplicativo móvel (app) para a educação de pacientes sobre o tratamento cirúrgico do câncer de mama. A educação do paciente em câncer de mama ajuda a definir as expectativas pré-operatórias e a satisfação dos pacientes com a experiência e os resultados cirúrgicos. Métodos: O app foi elaborado em cinco etapas: 1. análise – diagnóstico situacional e revisão integrativa da literatura; 2. design – planejamento e criação de conteúdo didático; 3. desenvolvimento – definição da navegação do aplicativo; 4. implantação – configuração de ferramentas e criação de ambiente para download do aplicativo pela internet; 5. testes – aplicação de testes de usabilidade, desempenho, compatibilidade e funcionais. O aplicativo desenvolvido foi validado por 13 médicos com experiência no tratamento do câncer de mama e 19 mulheres diagnosticadas com a doença, utilizando a técnica Delphi. Resultados: O consenso foi alcançado, com um excelente índice de validade de conteúdo geral de 1,00, tanto entre os médicos quanto entre as pacientes, na primeira rodada de consulta. Conclusão: O app, denominado OncoMasto Cirurgia App, foi desenvolvido após revisão integrativa da literatura, testado e validado quanto ao conteúdo por médicos especialistas e por pacientes com câncer de mama, apresentando ótima concordância entre os participantes do estudo.